A questão é a diferença observada no desempenho de não-humanos e humanos. O padrão de respostas de não-humanos geralmente é de scallop (concha), já humanos observa-se desempenho mais variado. Isso para alguns pesquisadores é um problema, pois se humanos e não-humanos possuem padrões diferentes, então pesquisa com não-humanos não oferece possibilidade de generalização de leis que regem o comportamento de humanos.
Algumas variáveis foram apontadas como controladoras dessas diferenças dentre elas respostas consumatórias. Não-humanos consomem o reforço logo após sua liberação, já humanos que recebiam pontos nao precisavam emitir nenhuma outra resposta, já que diferente dos não-humanos que precisam emitir o "comer" ou "beber", os humanos apenas observam os pontos serem adicionados a um contador. Uma tentativa de estabelecer uma resposta consumatória em humanos e exigir que o participante tenha que cliclar em um espaço da tela ou pressionar uma tecla para que o ponto seja creditado, caso nao o faça os pontos não são creditados ao contador.
Esse estudo de Costa e cols., investigou os efeitos da resposta consumatória e instruções no desempenho de humanos em FI.
Para isso foram realizados dois experimentos com diferentes grupos. No Exp. 1, havia um grupo sem a exigência de resposta consumátoria e outro com a exigência de resposta consumatória. Os dados deste estudo não indicaram efeito da exigência da resposta consumatória. No exp. 2 havia instruções mínimas para ambos os grupos e observou-se diferenças sobre os padrões dos participantes a depender do grupo, ou seja, um efeito da interação entre instrução e resposta consumatória.
Objetivo: Avaliar o efeito de resposta consumátoria e tipos de instrução sobre o padrão de respostas de humanos em esquemas FI.
VI: Resposta consumatória e instruções mínimas
VD: padrão de respostas
Comentário: Estudos como este ajudam a entender que existem outras variáveis ( e quais são elas) que interagem com o padrão de resposta estabelecido, mas isso significa que as diferenças observadas entre os padrões de humanos e não-humanos são frutos em geral de questões de procedimento. Afinal, não podemos privar humanos de alimento como fazemos com não-humanos, o que nos exige refinamentos no procedimento com humanos.
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